Muito tem se falado sobre a abordagem centrada na pessoa, no paciente. Mas o que seria essa abordagem exatamente e por que ela é tão importante? Existem inúmeras evidências de que profissionais de Saúde que se envolvem com seus pacientes e cuidadores obtêm resultados extremamente melhores. Os pacientes relatam experiências positivas, desenvolvem uma maior confiança em seus médicos e são menos propensos a mudar de profissional, permitindo uma maior continuidade nos cuidados.

Com o objetivo de ampliar essas ações relacionadas ao atendimento, a direção da Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde – Fabamed – promoveu um treinamento com os profissionais do Hospital Municipal de Simões Filho.

José Saturnino Rodrigues – presidente da Fabamed – sinaliza que um dos pontos cruciais no atendimento ao paciente é o estabelecimento da confiança com o profissional durante o processo, pois essa capacidade será determinante para aumentar a adesão às condutas e garantir excelência nos atos.

“Quando os profissionais de saúde adotam uma abordagem centrada no paciente, eles compreendem as necessidades e expectativas, passando a existir uma relação mais próxima e pessoal, gerando assim, uma experiência positiva e garantindo uma maior satisfação dos pacientes”, garante Rodrigues.

Dra. Juciane Guimarães gerente da Educação Permanente responsável pela capacitação, explica que a abordagem centrada no paciente é uma forma pela qual os sistemas de saúde conseguem estabelecer parceria entre profissionais, pacientes e cuidadores para alinhar decisões com os desejos, necessidades e preferências dos pacientes.

“Mais que amenizar as adversidades das intervenções de saúde, a abordagem segura aliada ao diálogo garante que elas sejam mais eficientes. Isso porque os indivíduos têm melhor disposição e condições de recuperação quando suas questões pessoais, sociais, psicológicas, familiares, e religiosas são ouvidas e respeitadas”.

Para a diretora administrativa do hospital, Shirley Batista o atendimento centrado no paciente objetiva, principalmente, aumentar o engajamento do paciente no tratamento.

“Atender ao paciente é uma prática complexa que envolve conhecimentos clínicos, estratégias para organização das queixas, avaliação das prioridades patológicas, análise de indicadores de efetividade e outros. Dessa forma, os profissionais devem saber ouvir, captar as informações mais relevantes, conversar com os familiares/acompanhantes e propor ações que serão decididas e implementadas em conjunto”, avalia a diretora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *